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O Novo Jeito de Liderar:

Como Fazer o “Update” do Seu Software de Gestão em um Mundo de Lideranças Adoecidas e Colaboradores Desconectados

Neste primeiro episódio do podcast de Gui Gomes, mergulhamos no novo jeito de liderar. Em um bate-papo franco e sem “florear muito a pílula”, Gui e Roberta (Gerente de Marketing) exploram a gestão, a liderança, os negócios, os desafios do mercado e a vida real, buscando construir estratégias para uma vida mais leve, um negócio que flua melhor e pessoas mais engajadas.

As organizações enfrentam um contexto atual de enormes dificuldades, como a falta de mão de obra no mercado, rotatividade altíssima, e o processo seletivo invertido, onde os candidatos escolhem a empresa.

Para entender essa virada, o episódio traça um panorama histórico:

A Era do Propósito: O boom do empreendedorismo e a chegada da Geração Y (nascidos entre 81 e 96), que buscou propósito, colaboração e cocriação, diferentemente das gerações anteriores que viam o sucesso como aposentar-se na mesma empresa.

O Mundo Digital: O surgimento da Geração Z (a partir de 97), a primeira geração digital, que cresceu nesse cenário de alta competitividade e consumidores cada vez mais conscientes e exigentes.

A Pandemia e o Trauma: O movimento de virada da pandemia digitalizou os negócios de maneira absurda, acelerando o mundo. Esse período exigiu recursos internos, provando que “se hoje você está vivendo uma pandemia sem inteligência emocional, você está lutando uma guerra sem armas”.

A Batalha Interna e a Gestão Emocional

A chave para o novo cenário é a Gestão Emocional, que se diferencia do controle emocional. A inteligência emocional envolve a gestão do que fazemos com aquilo que a vida apresenta e com o que não podemos controlar.

A Inteligência Emocional foca na relação consigo mesmo (autoconhecimento e autogestão), enquanto a Inteligência Relacional trata da relação com os outros (empatia e gestão de relacionamentos). Líderes precisam urgentemente dessa clareza, pois a luta é, primariamente, interna.

Lidando com a Geração Z e a Sobrevivência da Liderança

A Geração Z (os jobers, ou puladores de emprego) busca maior autenticidade e não hesita em sair se o ambiente não for legal. Eles não procuram apenas mesas de pimbolim, mas sim um lugar onde sintam que são importantes, têm responsabilidade, autonomia e melhoram todos os dias.

O desafio não está na “preguiça” da Geração Z, mas sim na ineficiência das lideranças em proporcionar clareza de expectativas e propósito. Gui Gomes compartilha um exemplo prático de como o feedback imediato e o senso de urgência, atrelado ao propósito, engajaram uma colaboradora Z em minutos.

Para os líderes: o jogo mudou. É necessário “atualizar o nosso drive” e entender que a mudança não é por ser “legal”, mas por questão de sobrevivência, visto que o conhecimento se torna obsoleto muito rapidamente (validade de 3 a 5 anos para novas competências).

O Caminho para Não Surtar

O líder precisa fazer as pazes com a imperfeição e a autocobrança. Vivemos em um cenário de infoxicação, onde perdemos previsibilidade e estabilidade. A chave é a humildade intelectual, que exige deixar as certezas no caminho e abrir espaço para as perguntas e a vulnerabilidade.

Não é possível dar conta de tudo; é preciso ser mais inteligente na escolha das batalhas. O foco deve ser o micropasso e o desenvolvimento contínuo.

A Reflexão Final:

Comportamentos Ineficazes: 68% das empresas enfrentam desafios relacionados à cooperação intergeracional. Muitas iniciativas de desenvolvimento (assistência assistemática) falham por não terem conexão ou propósito.

Liderança e Humildade: É crucial que o líder “fure a própria bolha”, olhe para a pessoa (não o rótulo), e entenda que o mundo não gira ao redor do seu umbigo.

O Propósito Empresarial: Desenvolver o colaborador e o cliente deve vir antes do aumento de receita. Se você desenvolve o colaborador e ele sai, “você cumpriu a função social da empresa, que é devolver para o mercado alguém melhor do que entrou”.

Acompanhe este episódio essencial para começar a construir um caminho que funcione, priorizando o desenvolvimento e a gestão de si mesmo para liderar os outros.